sábado, 7 de maio de 2011

Procrastinação

Não consigo me mexer
e não paro
Corro
mas não faço
Acordo embebido em cansaço
do que fiz enquanto não faço
e do peso
seja no peito
seja no braço
desse vício desajeitado
que é ser eu
humano e
fraco
que num fim patético,
parvo
sei que corro, suo e faço
Crio músculos e invento o aço
Finjo forte 
e mostro o braço
Faço inferno
e embaraço
E do frio fio 
da guilhotina escapo
Pro gozo curto
De um tempo escasso
Onde as teias do meu fracasso
Me levam de volta
Ao bom e velho descaso


(Autor Desconhecido)



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