quarta-feira, 7 de março de 2012

Refletir o ser

Uma das tarefas desta existência é fazer o rosto refletir o ser.
Assim como o rosto corresponde ao rosto no espelho, assim deve ser o ser.
No início, na infância, a gente é quem a gente é. 
É o crescer, com as demandas de assemelhamento ao meio, o que vai nos deformando.
Em qualquer que seja o berço, um menino nasce como qualquer outro menino. 
O meio tentará — e quase sempre conseguirá — formatá-lo.
Então, quando nos tornamos “homens”, nos tornamos menores que meninos...
Sim, mergulhados em miragens, em falsas aparências, geradas pelos calores que sobem do chão do deserto de nossas morais, normalidades, opressões, tentativas de clonagem e tiranias.
Pode ser a idade,
pode ser o cansaço,
pode ser a esperança,
pode ser a verdade,
pode ser um desígnio,
pode ser a loucura,
pode ser a aventura,
pode ser o que for...

Mas Deus sabe: eu quero me parecer com minha alma.
E quero que minha alma e meu rosto se tornem um.
Esta é minha oração.
Este é meu sonho.
Esta é minha vocação.

(Caio Fábio)

4 comentários:

Marília disse...

É exatamente isso. Você conseguiu entender o que eu acabo de pensar. " na infância, a gente é quem a gente é."

Jeq* disse...

A gente conseguir entender o que a outra acabou de pensar já tá virando rotina, né? rsrs
Mas dessa vez não fui eu, foi Caio Fábio.

Marília Teles disse...

Jurava que tinha sido vc, mas o cara entendeu tbm, né? :D

Eliezer Silva disse...

tava pensando comigo mesmo. Quando foi mesmo que eu fiquei tão cheio de outras coisas que deixei de parecer comigo mesmo?