domingo, 26 de janeiro de 2014

A misericórdia de Deus é esdrúxula,
o mistério,avassalador.
Por insondável razão não sou eu a prisioneira.
Minha compaixão é tal que não pode ser minha.
Quem inventou os corações
se apodera do meu para amar este pobre.
(trecho de "O ditador na prisão",de Adélia Prado)





Não há culpados para a dor que eu sinto.
É Ele,Deus,quem me dói pedindo amor
como se fora eu Sua mãe e O rejeitasse.
Se me ajudar um remédio a respirar melhor,
obteremos clemência,Ele e eu.
Jungidos como estamos em formidável parelha,
enquanto ele não dorme eu não descanso.
("Consanguíneos", Adélia)

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