terça-feira, 22 de junho de 2010

É o fim do período.

Mesmo com o nada feito
com a sala escura
Com um nó no peito
com a cara dura
Não tem mais jeito
a gente não tem cura

Mesmo com o todavia
com todo dia
com todo ia
todo não ia.
A gente vai levando
a gente vai levando
a gente vai levando essa guia.


(Vai levando -Tom Jobim)

sábado, 19 de junho de 2010

Adeus

Dentro de nós há uma coisa que não tem nome,essa coisa é o que  somos.
(José Saramago em Ensaio Sobre a Cegueira)


quinta-feira, 17 de junho de 2010

"Felicidade se acha é em horinhas de descuido"

O que faz você feliz?
A lua, a praia, o mar
Uma rua
Passear
Um doce, uma dança, um beijo

Afinal, o que faz você feliz?
Matar a saudade
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são sonhos que te fazem feliz?

O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa
A pausa pra pensar
Sentir o vento, esquecer o tempo

A pessoa ou o lugar?
Agora me diz, o que faz você feliz?

          

Porque a vida é feita de pequenas vitórias.
Obrigaaada, Deus!
:)

sábado, 12 de junho de 2010

Simplesmente João


"João era fabulista?
fabuloso?
fábula?"

Até Drummond hesitou tentando definir João. Afinal, “muita coisa importante falta nome”.
João era o tipo de gente que cativa, confunde, encanta. Sem se dar conta, ele mesmo não se cria: "às vezes, quase acredito que eu mesmo, João, seja um conto contado por mim."
            Guimarães Rosa era Riobaldo, era Miguilim, era Manuelzão. Era um infinito ser em cada  personagem. E por ser todos em si, ainda é, hoje.
O simples contador de história dos sertões é o mesmo grande escritor, um dos maiores do Brasil, um dos grandes em todo o mundo. É o estudante de Medicina que ingressou na faculdade com apenas 16 anos. É o que, já naquela época, foi premiado por todos os contos que inscreveu em um concurso. É o médico-escritor, desde 1930. Desde essa época médico, pois impossível é precisar quando nasceu como escritor. Era o médico que se impressionava com duas coisas: o parto e a incapacidade de salvar as vítimas da lepra. O escritor que deixou a medicina por outras duas: a falta de recursos médicos e o transbordamento de sua emotividade.
É o magnífico desbravador das Veredas de Riobaldo, Diadorim e de todos nós. O que nos surpreende pela capacidade de desvendar a si mesmo e a nós, como o sertão. “Sertão: é dentro da gente”. E assim alcançar todo o mundo, várias línguas e povos, num neologismo universal: a linguagem da alma.
É o que adiou a posse na Academia Brasileira de Letras, talvez por pressentir que logo após viria seu encantamento. E quando afinal, assumiu, avisou: “A gente morre é para provar que viveu”. E provou, três dias mais tarde, quando morreu “o maior escritor”, como informou o “Jornal da Tarde”.

Guimarães Rosa é expressão coletiva, ouvida por muitos brasileiros. Poucos, no entanto, conhecem a grandiosidade do homem e do escritor. 
Talvez seja este o seu mistério: João Guimarães Rosa é para poucos, mas é de todos.

“Eu toda a minha vida pensei por mim, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Diverjo de todo o mundo...” (João Guimarães Rosa)
(Jeq*)




*promessa cumprida: um pouco de Guimarães Rosa na visão de uma leitora e aprendiz.
Texto classificado para a III Jornada Guimarães Rosa da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Medicina Moderna

"Com a globalização aliada aos avanços da informática, a Medicina está vivendo um período de mudanças radicais."
(via http://www.lincx.com.br)

E bota radical nisso!
=D