Eu sempre sonho que uma coisa gera,
nunca nada está morto.
O que não parece vivo,aduba.
O que parece estático,espera.
(Adélia Prado, no poema "Leitura")
domingo, 31 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
Duas coisas
O barulho invade o meu silêncio
E a vida corre
As malas ainda estão fechadas
mas o peito está aberto e sangra
E eu que pensava só ter cicatrizes
O dia e a noite se confundem
O tempo, único tesouro que ainda me pertencia
Me foi tomado
Em troca, exigiram que eu "crescesse"
Fingindo ser quem (ainda) não sou
Quem não fui
Quem, suspeito,nunca serei
O sorriso é amigo
Mas o abraço falta
O novo encanta
Mas o de sempre (sempre) assusta
Enquanto ando em busca de paciência
O tempo acelera, lenine, e pede pressa
Quando decido correr
Ele me engana, trapaceia, e nunca passa
Em busca de mim
Em busca do(s) outro(s)
Em busca de Deus
Me deparo com o medo e a insuficiência
Ansiando pela cura do amor que lança fora o medo
E da graça além do entendimento
Minha razão, acostumada a ter vez e voz
Se cala ante o sentimento, adélia, a coisa mais fina do mundo
(às vezes fino demais, afiado demais, como cortante punhal)
E se lembra - porque lembrar é da razão e traz esperança-
Que restam duas coisas no mundo, apenas duas: a miséria e a misericórdia
Minha miséria.
Tua misericórdia.
E a vida corre
As malas ainda estão fechadas
mas o peito está aberto e sangra
E eu que pensava só ter cicatrizes
O dia e a noite se confundem
O tempo, único tesouro que ainda me pertencia
Me foi tomado
Em troca, exigiram que eu "crescesse"
Fingindo ser quem (ainda) não sou
Quem não fui
Quem, suspeito,nunca serei
O sorriso é amigo
Mas o abraço falta
O novo encanta
Mas o de sempre (sempre) assusta
Enquanto ando em busca de paciência
O tempo acelera, lenine, e pede pressa
Quando decido correr
Ele me engana, trapaceia, e nunca passa
Em busca de mim
Em busca do(s) outro(s)
Em busca de Deus
Me deparo com o medo e a insuficiência
Ansiando pela cura do amor que lança fora o medo
E da graça além do entendimento
Minha razão, acostumada a ter vez e voz
Se cala ante o sentimento, adélia, a coisa mais fina do mundo
(às vezes fino demais, afiado demais, como cortante punhal)
E se lembra - porque lembrar é da razão e traz esperança-
Que restam duas coisas no mundo, apenas duas: a miséria e a misericórdia
Minha miséria.
Tua misericórdia.
domingo, 10 de março de 2013
O avesso do avesso
Da feia fumaça que sobe,apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos,espaços
Tuas oficinas de florestas,teus deuses da chuva
domingo, 3 de março de 2013
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