Não gosto desse passarinho.
Não gosto de violão.
Não gosto de nada que põe saudades na gente.
(João Guimarães Rosa)
sexta-feira, 27 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
Doce Mistério da Vida (3)
Deus é mistério, e homem e mulher à imagem de Deus são mistério. Quando estamos perante outra pessoa -não importa quão pobre, incapaz, doente ou degradada - estamos perante algo que é veículo do divino, algo que na terminologia clássica de Martin Buber,
é Tu, e não Algo.
(Vinoth Ramachandra)
sábado, 14 de julho de 2012
Viver é muito perigoso (10)
Havia tanta paz
Havia tanta alegria
Transbordantes
aaaaaE um medo-alegre do futuro
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Caminhada
Ele sempre estava andando pelas ruas. Não a dizer poesias. Ele só andava disposto. Disposto a falar com as pessoas e sobretudo disposto a olhar para as coisas. E não é isso que nos faz poetas?
"Pro moço do tempo
Se quiser andar até onde for o olhar
deixo estar assim
em paz
vou te acompanhar
venço a pressa
entendo o passo
sou mais eu se fico com você
aprendo a caminhar com passos firmes
é só te dar a mão
e sair."
O poeta, sabendo da temporalidade de cada um, decidiu caminhar bem com o seu tempo.
Trechos de "O descuido do poeta", de Felipe Vellozo. Disponível aqui)
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Médicos e médicos (5)
Virchow foi um liberal durante toda sua vida, em uma sociedade alemã cada vez mais militante, e durante a juventude teve uma veia de radical político. Ele encabeçou um grupo reformista formado por jovens médicos durante as revoluções que acompanharam a epidemia de cólera em 1848 e passou um certo tempo nas barricadas montadas pelos revolucionários em Berlim. Com intenção de afastá-lo para um lugar remoto, as autoridades prussianas o mandaram investigar uma epidemia de tifo na Alta Silésia, que agora é parte da Polônia, mas à época estava sob influência da Prússia. Ele escreveu um relatório que não era o que as autoridades gostariam de ler, atribuindo a causa da epidemia à carência social, à pobreza, ao analfabetismo e à desigualdade política. Essas e outras epidemias similares seriam controladas melhor, argumentou, por meio da democracia, da educação e da justiça econômica. Ele acreditava que o simples ato de fazer campanha por tais reformas era um importante papel a ser desempenhado pelos médicos. Eles eram os defensores naturais dos pobres, já que sua profissão os colocava em contato direto com as causas econômicas e sociais das doenças.
Virchow sempre manteve seu interesse pela política e pelas reformas sanitárias, atuando no parlamento alemão e no Conselho de Saúde de Berlim. Gostava de comparar o corpo político ao corpo humano, com as células retratadas como os cidadãos do corpo. Médicos tinham que enfrentar diariamente os efeitos adversos que a pobreza causava à saúde. Esse homem incansável ainda investiu em seus interesses nas áreas de antropologia e arqueologia e editou diversos periódicos e livros de múltiplos volumes.
(...)
(História da Medicina - William Bynum)
A Concha: canção no silêncio
O que vai gerando a vida não é a pressa, mas o suor do dia-a-dia, a renúncia de estar entre amigos, de sentar-se sozinho e chorar, de sentar-se sozinho e estudar e trabalhar, a renúncia do imediato, a renúncia dos holofotes, a proteção dos sonhos contra chuva, vento e calor, contra inveja, ganância e competição.
Esperança é ver novos dia em cor inda que a matiz à frente se nos afigure como cinza. Esperança é quando faz-se canção no silêncio. Esperança é ver, inesperadamente, paz em meio às nossas guerras e ver o céu, como um pálio aberto, se encher de estrelas. Esperança é transbordar em meio às contrariedades e render-se à doce poesia da vida que nos ensina que até mesmo o sal ressalta-lhe o sabor. Esperança é ver até mesmo nas linhas não escritas da nossa vida um motivo para agradecer e recomeçar.
A esperança nos faz forte, ainda que fracos; enxergando, ainda que cegos; ouvindo a música da vida, ainda que surdos; crendo, ainda que não querendo crer...
Esperança é ver novos dia em cor inda que a matiz à frente se nos afigure como cinza. Esperança é quando faz-se canção no silêncio. Esperança é ver, inesperadamente, paz em meio às nossas guerras e ver o céu, como um pálio aberto, se encher de estrelas. Esperança é transbordar em meio às contrariedades e render-se à doce poesia da vida que nos ensina que até mesmo o sal ressalta-lhe o sabor. Esperança é ver até mesmo nas linhas não escritas da nossa vida um motivo para agradecer e recomeçar.
A esperança nos faz forte, ainda que fracos; enxergando, ainda que cegos; ouvindo a música da vida, ainda que surdos; crendo, ainda que não querendo crer...
(Áquila Mazzinghy, em Contemplações da Esperança 1, de novo por aqui)
domingo, 1 de julho de 2012
Soberano e explícito amor
Vou e sei quando voltar
Sem me perder, sei de mim
Sei da paz,mas sei lutar
Ora, eu sei da liberdade e fim
Sei que a minha vida é como um quadro
Uma obra que ainda não foi acabada
E a mão do artista não cessa
Faz seu grande trabalho, obra prima em mim...
(Carlinhos Veiga, "Cascos no Chão" e "Acuípe")
Sem me perder, sei de mim
Sei da paz,mas sei lutar
Ora, eu sei da liberdade e fim
Sei que a minha vida é como um quadro
Uma obra que ainda não foi acabada
E a mão do artista não cessa
Faz seu grande trabalho, obra prima em mim...
(Carlinhos Veiga, "Cascos no Chão" e "Acuípe")
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