terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ele é... (5)

...absolutamente Incomparável.


Precisamos reconhecer com humildade que o cristianismo (ainda que não pessoalmente Cristo) tem exercido tanto influências más quanto boas. Estou pensando em alguns pontos cegos da Igreja, como as Cruzadas, a Inquisição, o fato de não conseguir abolir a escravidão até 1800 anos depois de Cristo e o imperialismo de algumas missões cristãs nos últimos dois séculos. Refletindo sobre coisas desse tipo, tudo o que podemos fazer é baixar a cabeça envergonhados.


Mesmo assim - ainda é possível afirmar - com cautela mas confiança - que Jesus Cristo tem exercido uma influência enorme para o bem, não só na arte e na arquitetura, música e pintura, ciência, democracia e sistemas legais, mas especialmente nos padrões morais e elevado, tais como a dignidade da pessoa humana. Aliás, dificilmente seria culpado de hipérbole  quem afirmasse: "Todos os exércitos que jamais marcharam, todas as esquadras que jamais navegaram, todos os parlamentos que jamais se reuniram e todos os reis que jamais reinaram, juntos, não afetaram nossa vida sobre a terra tanto quanto aquela única vida solitária."


(John Stott em "O Incomparável Cristo").

sábado, 22 de outubro de 2011

Voai...


Voai...
pois sois como as borboletas amarelas, cuja cor alegra os dias na cinzenta cidade.
Que não perdem o brilho de serem quem são, mesmo diante do endurecido mundo a seu redor.
Que com poesia rodeiam as flores, e repousam sutilmente sobre as folhas verdes,
encantando aos que as vêem, que, admirados com tal beleza, percebem-se.

Não sejais como aquelas borboletas que se vendem pela própria sobrevivência.
Que perdendo o brilho e misturando-se à fumaça das grandes indústrias,
seguem loucas e sem rumo por entre os carros apressados,
pousam no cimento, e desanimam.
Cujo vôo cansado, enfada até quem as observa. 

Não sejais assim.

Antes, voai...
Pois sois como a esperança, visto que não se deixam corromper por esse século,
nem deixam vossa cor converter-se à triste cor das ruas. 

Sim, a esperança é amarela. 

A esperança de que O que a cor cria será enfim recebido com glória entre nós.
Então, Esse Cria-cor haverá de a todos colorir. 
Do cinza depressivo fará brilhar um amarelo resplandecente. 
De Alegria encherá os corações. E tudo será Luz. 

Portanto, voai...
De modo que a cor de suas asas inspirem os cansados, 
que a formosura de vosso vôo traga "paz-e-ciência" aos "sem-tempo", 
que a poesia com que beijam as flores em seus pousos, traga alívio aos sobrecarregados,
que a leveza com que são levadas pelo Vento, leve os homens a desejarem ser levados também.

Batei vossas asas, vós todas juntas,
e provocai ventanias que cruzem os continentes,
derrubando todas as construções idolátricas e injustas dos homens.
Des-construam o que a injustiça construiu,
e anunciai, com vosso vôo, que um Novo Tempo chegou.
Tempo em que todas as borboletas da terra devem se arrepender por não colorirem a vida,
e assim, convertendo-se ao Cria-cor,
tornem-se, nEle, amarelas, liláses, azuis, vermelhas, verdes...

Não se sintam constrangidas a perderem a cor por causa de seus predadores,
pois importa-nos mais que o pouco vivido seja para o mundo colorir,
que muito viver sem nenhum brilho ter.
A justiça nos torna frágeis, uma vez que voamos num mundo de injustiças,
mas lembrem-se que nas cores residem nossas Bem-aventuranças. 

Vós sois como as borboletas coloridas, fazei, pois, brilhar a vossa cor. 

Voai, voai e voai...

(Gustavo Machetti)

sábado, 8 de outubro de 2011

Tem dias que

(...)


Tem dias que eu finjo entender tudo.
Do meu círculo,
do meu circuito.
Do meu louco circo de loucos.


Libertando da minha cabeça e do meu peito cheio sem silenciar,
às vezes eu finjo que me entendo e escrevo.



(Gilza Santos.) 
Achei no blog lindo da xará.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Tudo em seu lugar

O dilema moderno:
Nada caracteriza melhor a vida moderna do que o lamento: ’Se eu tivesse tempo...’.
(R. E. Neale)

A solução proposta:
Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas as seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas. (C.S. Lewis)