sexta-feira, 8 de abril de 2011

A vida é a arte do encontro (3)

Aquele que comigo
Quando eu choro, chora
Aquele que comigo dança
A este jamais direi:
Ora, não me amoles!
Porque se como o ferro com ferro se afia
Afia o homem a seu amigo
Isto hoje te digo:
Podes me amolar
Ó Deus, dá quando que entre eu e meu amigo
Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo
Que eu não me desaponte porque este tal
É enviado teu para que eu não fique cego
Porque cego não vê que sem o esmeril
Se perde o fio, o gume
Quem pode perceber, não perde a comunhão, assume
Estende a mão, aceita a pedra de amolar. 

( "Pedra de Amolar", Roberto Diamanso)








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