"Minha idéia de Deus não é uma idéia divina. Ela precisa ser rompida de tempos em tempos. Ele mesmo a rompe. Ele é o grande iconoclasta. Não seria possível afirmar que a ruptura é uma das maiores marcas da sua presença?"
C.S. Lewis
"O fato de que as necessidades religiosas derivam da impotência infantil me parece incontestável... O homem comum não pode imaginar esta Providência de outra forma (...). [O indivíduo cria para si o Deus] que mais teme, a quem procura agradar, e a quem, ainda sim, confia a sua própria proteção."
S. Freud
(...) temos de ter todo o cuidado para que o nosso conceito de Deus - seja o Deus que rejeitamos como incrédulos, seja o que cultuamos como crentes - esteja firmemente enraizado no Criador, revelado pela história e, não, pela nossa visão neuroticamente distorcidada dele.
Também temos de ter o cuidado de não conceituar ou julgar Deus pelas ações falhas de suas criaturas falíveis, sejam aquelas da Bíblia, sejam televangelistas que vão para a prisão, sejam padres que molestam crianças. Todos estão sujeitos a cair. Jesus de Nazaré foi gentil e perdoou a mulher do poço que estava em busca de perdão, mas foi severo com os líderes religiosos que deixaram de viver de acordo com o que professavam.
Nossa tendência de distorcer e criar o nosso próprio Deus, que às vezes não é um Deus de amor, mas de ódio, é uma explicação possível para o fato de, ao longo dos séculos, as pessoas terem cometido e continuarem a cometer atos impiedosos - ou até atos de terrorismo - no nome de Deus. Essa tendência de criar o nosso próprio Deus nos dá uma pista da razão por que o primeiro mandamento é : "Não tenha outros deuses diante de mim."
(trechos de "Deus em questão", por Armand Nicholi Jr.)
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