(...)
E você lê algum poema de Pessoa,
Uma mensagem escondida na garrafa,
Um verso livre de Adélia que ressoa
Como um soluço incontido que se abafa
E então desaba aquele anseio de infinito
De andar por mares nunca dantes navegados
Uma saudade muda feito quase um grito
O sal da lágrima de amores naufragado
Abrir as velas e abraçar a luz do dia
Olhar à frente e navegar o que é preciso
Vencer a fúria, bem além da calmaria
Provar o sal, o sol, o céu, o rio e o riso
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