quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Viver é muito perigoso (7)



(...)


E você lê algum poema de Pessoa,
       Uma mensagem escondida na garrafa,
Um verso livre de Adélia que ressoa
Como um soluço incontido que se abafa
   
  E então desaba aquele anseio de infinito
De andar por mares nunca dantes navegados
Uma saudade muda feito quase um grito
O sal da lágrima de amores naufragado


 Abrir as velas e abraçar a luz do dia
Olhar à frente e navegar o que é preciso
Vencer a fúria, bem além da calmaria
Provar o sal, o sol, o céu, o rio e o riso


Nenhum comentário: